A Polícia Civil do Rio Grande do Sul prendeu em flagrante, nesta terça-feira, um servidor municipal de Canoas acusado de cometer diversos crimes de estelionato, falsidade ideológica e exercício ilegal da profissão. O homem, que também integrava a diretoria de uma associação de servidores, simulava ser advogado para aplicar golpes em colegas de trabalho e familiares.
Segundo as investigações, o suspeito criou um grupo no WhatsApp no qual se apresentava como advogado regularmente inscrito na OAB e vinculado a um escritório jurídico. Ele oferecia serviços para ingressar com ações de levantamento do FGTS, cobrando entre R$ 600 e R$ 1.000 por processo. No entanto, após receber o pagamento, não realizava os serviços e dava desculpas vagas às vítimas, chegando a alegar problemas familiares para justificar a demora.
A delegada Luciane Bertoletti, titular da 3ª Delegacia de Polícia de Canoas, explicou que, diante da pressão das vítimas, o acusado chegou a divulgar uma nota falsa em nome de um desembargador, afirmando que os processos não haviam sido protocolados por questões burocráticas e prometendo a devolução do dinheiro, o que nunca ocorreu.
“Esse tipo de golpe não só causa prejuízos financeiros, mas também abala a confiança nas instituições. É fundamental que as pessoas verifiquem a regularidade dos profissionais antes de contratar serviços jurídicos”, alertou a delegada.
Além da prisão preventiva, a polícia cumpriu mandados de busca e apreensão nas residências do suspeito para coletar documentos, eletrônicos e outras provas. O investigado foi encaminhado ao sistema prisional e as investigações continuam para apurar se havia outros envolvidos e identificar possíveis novas vítimas.
Com informações do Correio do Povo







